Citações...


"A grandeza de uma nação pode ser julgada pelo modo que seus animais são tratados."

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WEINER DOG
ou salsichinha

O nosso amigo, além de único e elegante, tem vários nomes e apelidos.
Podemos citar facilmente Basset Dachshund e Teckel.
No entanto, outros termos ou "nicknames" são regularmente citado por americanos e alguns europeus:
  • Weiner dog (Ou Salsichinha)
  • Doxie
  • Dashies
  • German Little legs

O que não falta é novidade na criação desses simpáticos alemãezinhos de pernas curtas.

Fique por dentro. E saiba também como é conviver com eles e qual seu físico ideal

Tem muita raça com padrão novo por aí. E o Teckel - ou melhor, os Teckels, porque eles são nove no total - estão entre elas. O documento, embora ainda desconhecido pela maior parte da cinofilia brasileira, entrou em vigor pela Federação Cinológica Internacional (FCI) em julho do ano passado, o que equivale a dizer que, pelo menos em tese, os 79 países filiados à entidade - o Brasil é um deles - já o deveriam estar adotando.
Como todo padrão FCI é preparado pelo país de origem da raça em questão, o dos germânicos Teckels, também conhecidos por Dachshunds, é de autoria do clube responsável por eles na Alemanha. E o texto atual (veja-o na íntegra em www.caes-e-cia.com.br) mudou significativamente em relação ao da versão anterior, escrita mais de 30 anos atrás, em 1969. Mas não que esteja remodelando os Teckels por completo.

O documento moderno, em sua maior parte, é apenas redigido de maneira diferente e mais detalhada que o antigo. Por exemplo, antes, a descrição do item cauda previa, entre outras coisas, que ela teria uma curva suave. Agora, além de prever essa curva, o padrão especifica onde deve ocorrer: no terço final do comprimento e, portanto, na região da ponta da cauda. "O tipo ideal pretendido para a cauda do Teckel continua o mesmo; a tal 'curva suave', descrita anteriormente, em geral já se formava no local hoje citado.





Não fizemos, portanto, esse complemento no texto para alterar uma característica da raça nem tampouco para combater o aparecimento excessivo de caudas com a curva má posicionada, pois simplesmente não temos nenhuma informação de que isso esteja acontecendo", explica o criador alemão Wilfried Petersen, presidente de um clube de Teckels regional da Alemanha, que é filiado ao clube responsável pelo novo documento.

O objetivo por trás da maioria das mudanças feitas no padrão, conforme salienta Petersen, foi exclusivamente o de pormenorizá-lo para torná-lo mais completo e esclarecedor.
Por essa razão, na versão atual, foram relacionadas diversas novas "faltas" (isso é, características indesejadas) e também foi incluído um item antes inexistente: o "proporções importantes", que descreve duas delas.

A primeira estabelece que a distância do solo até o corpo do cão deve equivaler aproximadamente a um terço de sua altura na cernelha.
A segunda determina que o comprimento do corpo (neste caso, medido da cernelha à raiz da cauda) tem de ser cerca de 70% a 80% maior que a altura na cernelha.
"Os bons Teckels, no mundo todo, estão de acordo com essas proporções, mas, como já disse, a decisão foi tornar o padrão mais minucioso", reitera o presidente.

 
Uma alteração em especial, no entanto, foi feita para combater um problema existente na criação. E ela diz respeito à dentição.
É que o padrão anterior era omisso em relação à quantidade de dentes exigida e também não mencionava quais deles poderiam ou não faltar sem acarretar, num julgamento, perda de pontos para o exemplar em questão.
"Muitos juízes vêm notando uma alta incidência de exemplares com falta de dentes, sobretudo dos incisivos; e isso, embora não constasse no padrão, não é desejado por nós, criadores da Alemanha e responsáveis pelas diretrizes mundiais da criação dos Teckels", conta Petersen.
Daí o novo documento estar bem detalhado no quesito dentes: para começar, cita que a dentição completa (com 42 dentes) é preferida.

Depois, acrescenta algumas informações, como "o terceiro molar não deve ser considerado num julgamento" (ou seja, sua ausência não desconta pontos); "a falta de dois dos primeiros pré-molares não deve ser penalizada"; "caso o cão tenha todos os dentes menos um único segundo pré-molar
(lembre-se que o terceiro molar não é considerado) deve-se penalizar levemente o exemplar, mas, caso faltem um segundo pré-molar e qualquer outro dente, como, por exemplo, um primeiro pré-molar, aí deve-se desqualificar o cão.
E, por fim, passou-se a considerar falta desqualificante (com a qual, em tese, um cão não pode nem sequer concorrer numa competição e, em geral, deve ser afastado da procriação) a ausência de qualquer dente, que não os especificados acima como exceções. A razão de tanto rigor em relação aos dentes é explicada por Petersen:
"Além da questão estética, a dentição completa ou, no máximo, com as ausências descritas é uma grande aliada para um cão de caça como o Teckel, que várias vezes tem de enfrentar sua presa com mordidas; se vários dentes faltarem ou se a falta for de 'dentes-chave', os cães ficam em desvanta em e podem sair bem feridos de um combate."

A descrição dos três tamanhos - Miniatura, Anão e Standard (veja quadro Os nove Teckels) - também mudou. Antes, para cada um, eram especificados a medida da circunferência torácica e o peso. Agora, o limite de peso dos dois Teckels menores foi retirado.
"Fizemos isso para evitar confusões", diz Petersen. É que não seria impossível encontrar, digamos, um Teckel com tórax de Anão e peso de Miniatura.
"Nesse caso, alguns criadores e juízes poderiam ficar em dúvida sobre qual medida priorizar; agora está bem claro que a circunferência torácica é soberana.
E só mantivemos o texto que limita em cerca de nove quilos o peso máximo do Standard, pois senão aumentaria o risco de produzirem exemplares pesados demais, o que já acontece em alguns países, como os Estados Unidos", explica o alemão.
"O mal desses Teckels muito pesados é que ficam inaptos à sua função de origem, que é a caça a animais de toca, em geral ambientes pouco espaçosos", acrescenta.

Outra alteração de padrão foi quanto a idade que os cães devem ter para que seja feita a verificação da medida torácica (única forma de se certificar se um Teckel pertence ou não à "variedade" a ele atribuída). No padrão antigo, era aos 18 meses. No atual, com "no mínimo 15 meses".
"A partir desta idade, um Teckel já está com tamanho de adulto; não é preciso esperar que faça 18 meses", justifica Petersen.

A rara coloração arlequim com grandes marcas brancas também foi abolida.
"O Teckel não apresentava essa cor em suas origens; daí a considerarmos indesejada, e os criadores alemães já sabem disso há muito tempo.
Faltava, no entanto, repassar essa informação aos outros países da FCI. Foi o que fizemos", conta o criador. Para nós, do Brasil, a eliminação da cor tem pouco ou nenhum reflexo na criação.

"Nem sequer há notícia de gente que se dedique a ela por aqui", afirma Paulo Valderramos, criador há 18 anos e presidente do Conselho Deliberativo do Clube do Teckel do Estado de São Paulo. "Em todo meu tempo de criação, vi no máximo cinco exemplares com essa coloração", estima.




OUTRAS REFERENCIAS

http://www.petbrazil.com.br/bicho/caes/190a.htm

http://www.seucachorro.com/teckel-pelo-curto/

http://www.saudeanimal.com.br/teckel.htm

http://www.guiaderacas.com.br/teckel.shtml

http://www.teckel.tk